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Time for Learning - Fixadores e Resiliência Mecânica
Time for Learning - Fixadores e Resiliência Mecânica
21/02/2024
POSSO TROCAR ESTE POR AQUELE?



Imagine a seguinte situação, há duas opções similares de parafuso, sendo o dimensional, classe de resistência e tratamento superficial o mesmo, e a única diferença entre esses dois fixadores é um ter rosca total e outro ter rosca parcial. A substituição de um fixador com rosca completa por um de rosca parcial é uma dúvida muito comum. Em quais casos e o que deve ser levado em consideração para avaliar a real possibilidade e riscos de substituir um pelo outro?

Existe uma característica muito importante, que deve ser avaliada antes da substituição de um fixador de rosca completa por um com rosca parcial, ou vice e versa, esta característica se chama resiliência elástica. A resiliência elástica indica a capacidade de um corpo se deformar elasticamente sob a ação de uma força, quanto maior for a resiliência elástica do fixador, mais flexível ele se torna. 

Ao alterar a resiliência elástica de um fixador, altera-se o incremento de força gerado para cada ângulo de giro, sendo assim o parâmetro de aperto utilizado deve ser revisado. Por exemplo, quando em uma aplicação, o parâmetro de aperto é controlado somente por torque, a variação da resiliência elástica do fixador poderá ser notada na janela de ângulo de monitoramento do torque aplicado, sendo que o parafuso irá rotacionar mais, ou menos, dependendo da substituição realizada, para atingir o torque de montagem mantendo a força de união da junta.
Em um aperto controlado por torque-ângulo, é possível verificar a influência da substituição dos fixadores na etapa do ângulo e, consequentemente na força resultante. Desta forma, o dimensionamento dos parâmetros de aperto precisa ser revisado, a fim de garantir a que a força requerida para a aplicação ainda será garantida mesmo após a substituição. 


ENTÃO QUER DIZER QUE APÓS A REVISÃO DO PARÂMETRO DE APERTO, A ALTERAÇÃO DO FIXADOR PODE SER REALIZADA SEM PROBLEMAS?

A resposta é não, pois também é necessário realizar uma correta avaliação da aplicação da junta, pois é preciso conhecer os carregamentos que o fixador e a junta são submetidos. Por exemplo, o simples fato de o fixador possuir uma rosca total, faz com que ele receba menos cargas axiais em comparação a um fixador com rosca parcial, ou seja, é menos exigido para carregamentos de fadiga, mas como consequência há um aumento na taxa de descompressão da junta. 

Cada situação e aplicação deve ser avaliada detalhadamente, para que uma alteração simples como a exemplificada, não cause falhas, sobrecarga ou problemas futuros. Se precisar de ajuda para determinar a melhor solução para o seu caso, conte com a Metalac!